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A Lusitânia, província romana criada por Augusto entre 16 e 13 a. C., abrangia terras atualmente portuguesas e espanholas — incluindo, deste lado, Mérida, Cáceres e Salamanca. A Galécia, que vinha, a sul, até ao rio Douro, sempre teve reconhecida individualidade e alguma forma de autonomia, mas só foi definitivamente constituída como província no tempo de Diocleciano (284-305 d. C.).Traça-se, nesta obra, um quadro dos povos e das culturas que os Romanos encontraram na fachada atlântica peninsular quando a conquistaram. Seguem-se os passos desta conquista até ao tempo de Augusto.A conquista, tendo trazido muito de novo, não fez desaparecer o antigo. A romanização foi um processo de aculturação que respeitou tradições e especificidades, mas que reorganizou administrativamente a região, instituiu novas formas de governo local, instalou centros urbanos (alguns novos e outros renovados urbanisticamente), criou uma rede de estradas, trouxe novas formas de arquitetura pública e privada, generalizou o uso da moeda — e, importante, introduziu o latim, que os indígenas assimilaram facilmente porque as línguas nativas se aproximavam da do Lácio.As perturbações gerais do Império no séc. IV, o confronto entre um paganismo agonizante e um cristianismo no seio do qual se confrontavam diversos credos, e as invasões bárbaras dos inícios do séc. V trouxeram a decadência, que se acentuou sob o domínio suevo.Leva-se a história até
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