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O livro faz uma exuberante reconstituição da boemia paulistana entre os anos de 1860 e 1920, quando São Paulo teve a sua primeira fase de crescimento explosivo e a população saltou de pouco mais de 30 mil habitantes para algo em torno de 200 mil, graças à chegada em massa de imigrantes, principalmente italianos desencantados com a lavoura, e de estudantes de outros estados do país, a maioria deles para estudar na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Inspirado pelo trabalho do pensador alemão Walter Benjamin (1892-1940), que avaliou os gostos e costumes da Paris da Belle Époque, a autora retrata como eram as tabernas da época e como se comportavam os seus frequentadores, reconstituindo, assim, as relações sociais e pessoais que permeavam o consumo de álcool na São Paulo daquela época. Também faz um minucioso mapeamento da produção e do consumo de bebidas alcoólicas na cidade durante o período. A pesquisa ainda desvela, como pano de fundo, os gestos e sensibilidades do cotidiano da cidade nesse momento anterior à industrialização, captando costumes e modos de vida e pondo à mostra toda uma cultura gestual, material e historicamente construída, que logo acabaria por se transformar inteiramente.
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