A escrita portuguesa do século XVI — a chamada fase clássica, ou português clássico — é estudada neste livro, em que os verbos conhecidos na tradição gramatical como irregulares apresentam variação tanto nos seus lexemas quanto em suas flexões, o que os afastaria dos verbos regulares. Para a autora, no entanto, esses verbos possuem características mórficas e padrões comuns, razão pela qual seria justificável classificá-los como pertencentes a um paradigma especial, como agrupamentos específicos. O corpus do estudo foi formado por dois conjuntos de documentos, datados da primeira metade do século XVI e do início do terceiro quartel, distribuídos em 23 itens verbais, além dos verbos de particípio passado especial, totalizando 7.238 dados, referentes às cartas de D. João III e à obra pedagógicogramatical de João de Barros.

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